sexta-feira, 25 de maio de 2007

Viagens na minha terra...




em defesa das ferrovias
Linha do Tâmega
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Em 28 de Março de 1909, chegava a Amarante o primeiro comboio, depois de concluídos os 13 quilómetros de ligação à Livração (Linha do Douro).
Em 1926, chegava a Celorico de Basto e em 1932 a Mondim de Basto. Só 40 anos depois chegaria a Arco de Baúlhe.
A prevista ligação a Fafe nunca se concretizou.
Em 1990 (1 de Janeiro ) encerrou a circulação entre Amarante e Arco de Baúlhe.
Desde então, só circulam automotoras no pequeno troço entre a Linha do Douro (Livração) e a estação de Amarante.

A pressão das rodoviárias é grande (e não só…) e a CP e a REFER, sob ordens do Terreiro do Paço, não mudam um parafuso à situação.
Quanto pior… mais depressa acaba!
E uma via rápida, uma circular, uma triangular ou uma auto-estrada, sempre resolvem as situações… pelo menos a das cimenteiras e ladrilheiros anexos.

As empresas rodoviàrias colocarão autocarros com sauna e vistas para a Lua, os petro-euros instalarão uns postos de auto-abastecimento, a gasolina jorrará, o sangue dos acidentados também, e a festa continua.

Ah! Não esqueçam que os "bancos" concedem créditos para comprar "pópó"… e oferecem um telemóvel como brinde!

A Comissão de Defesa da Linha do Tâmega (CDLT) - http://linhadotamega.no.sapo.pt/ - acusa o presidente da câmara de Celorico de Basto de ter mandado camiões descarregar terra em cima da linha, junto à antiga estação de Codeçoso.
Estes políticos… sempre tão ágeis e prestáveis em tempo de eleições…

Os utentes aguardam o fecho da Linha para breve.
Recorde-se que o chamado Plano Líder 2010 da CP prevê um possível encerramento desta Linha, tendo em conta a fraca procura, que somente cobre cerca de 11% dos custos com a manutenção e o funcionamento da mesma.
Que fez a CP para aumentar a rendibilidade ?
Degradou o serviço !
Elementar, querido passageiro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Parabens. Boa. Bem escrito, é assim mesmo. Gostei,á que defender o patrimonio ferroviario nacional.
O meu bem haja. Um abraço.

Anónimo disse...

Não Sei o que é que os nossos governos concecutivos têm contra a ferrovia. É só alcatrão. Estes devem ter raiva aos carris e aos comboios. Despresam a memória das pessoas que morreram em prol da contrução das vias ferreas e já para não falar da beleza e das tradições destas populações que deixam de ver e de utilizar o comboio. SENHORES GOVERNANTES DESTE PORTUGAL, NÃO ASSASSINEM O CAMINHO DE FERRO NACIONAL, POR FAVOR.