de "Alis Ubbo" a "L'jbôa"
.
.
No neolítico os primeiros iberos chegam à foz do Tejo, e no século VII EP aí se fixam os Cempsi e os Saefes, iberos de cultura celta.
Entre 1220 e 128 EP os fenicios instalam um mercado permanente que denominam Alis Ubbo e que compartem com os cartaginenses, outro povo do norte de Africa.
Num breve periodo, também os gregos tentam um entreposto comercial (denominado Olissipo), mas abandonam por pressão dos norte-africanos (cartagineses) que então controlavam o Mediterrâneo, via utilizada pelos gregos.
Os romanos são senhores da região entre 218 EP e 408 EA, denominando a cidade como Felicitas Julia.
De 408 a 714, suevos e visigodos, alternadamente, atacam, saqueiam e ocupam a cidade, denominada pelos últimos como Ulishbona.
Mas, os norte africanos regressam, e os mouros, chefiados por Abd al-Aziz ibn Musa bin Nusair, tomam a cidade em 714, que passa a chamar-se Ushbuna, e igualmente se apoderam de al-Santaryn (Santarém).
Constroem um centro urbano, o bairro de Alfama ("al-hamma"), e a cidadela de al-Madan (Almada).
Somente quatro séculos depois, em 1147, Ushbuna é conquistada aos mouros por uma força militar mercenária (cruzados) paga por nobres do Centro e Norte, e em que também participaram (com valentia) algumas tropas conduzidas por Alfonso Anriques.
Na cidade, o bairro da Mouraria foi destinado à população muçulmana, que mantinha uma mesquita aberta aos crentes (na actual Rua do Capelão).
Os muçulmanos, para continuarem a trabalhar as hortas existentes nos limites da cidade, eram obrigados a pagar um imposto denominado "salaio", de onde provém o termo "saloio" que acabou por designar os que habitavam os limites geográficos da cidade.
Aliás, o termo "alfacinha", que designa os habitantes da cidade, tem a sua origem no consumo de alfaces cultivadas pelos mouros e consumidas (em grandes quantidades) pelos habitantes da urbe.
A dificuldade dos árabes em pronunciar a lingua galaica, e posteriormente o galaico-português, está na origem da "curiosa" pronunciação (ortoépia) que ainda no presente se mantém na região "saloia", e que o governo central pretende exportar para as outras regiões submetidas ao colonialismo cultural de Ushbuna ou, pós-pós-modernisticamente falando, L'jbôa.
No neolítico os primeiros iberos chegam à foz do Tejo, e no século VII EP aí se fixam os Cempsi e os Saefes, iberos de cultura celta.
Entre 1220 e 128 EP os fenicios instalam um mercado permanente que denominam Alis Ubbo e que compartem com os cartaginenses, outro povo do norte de Africa.
Num breve periodo, também os gregos tentam um entreposto comercial (denominado Olissipo), mas abandonam por pressão dos norte-africanos (cartagineses) que então controlavam o Mediterrâneo, via utilizada pelos gregos.
Os romanos são senhores da região entre 218 EP e 408 EA, denominando a cidade como Felicitas Julia.
De 408 a 714, suevos e visigodos, alternadamente, atacam, saqueiam e ocupam a cidade, denominada pelos últimos como Ulishbona.
Mas, os norte africanos regressam, e os mouros, chefiados por Abd al-Aziz ibn Musa bin Nusair, tomam a cidade em 714, que passa a chamar-se Ushbuna, e igualmente se apoderam de al-Santaryn (Santarém).
Constroem um centro urbano, o bairro de Alfama ("al-hamma"), e a cidadela de al-Madan (Almada).
Somente quatro séculos depois, em 1147, Ushbuna é conquistada aos mouros por uma força militar mercenária (cruzados) paga por nobres do Centro e Norte, e em que também participaram (com valentia) algumas tropas conduzidas por Alfonso Anriques.
Na cidade, o bairro da Mouraria foi destinado à população muçulmana, que mantinha uma mesquita aberta aos crentes (na actual Rua do Capelão).
Os muçulmanos, para continuarem a trabalhar as hortas existentes nos limites da cidade, eram obrigados a pagar um imposto denominado "salaio", de onde provém o termo "saloio" que acabou por designar os que habitavam os limites geográficos da cidade.
Aliás, o termo "alfacinha", que designa os habitantes da cidade, tem a sua origem no consumo de alfaces cultivadas pelos mouros e consumidas (em grandes quantidades) pelos habitantes da urbe.
A dificuldade dos árabes em pronunciar a lingua galaica, e posteriormente o galaico-português, está na origem da "curiosa" pronunciação (ortoépia) que ainda no presente se mantém na região "saloia", e que o governo central pretende exportar para as outras regiões submetidas ao colonialismo cultural de Ushbuna ou, pós-pós-modernisticamente falando, L'jbôa.
7 comentários:
"Saloio"......¿Viene a significar lo que en España se llama "paleto"?.......¿O equivale a "hortera" ?
"Alfaça" ou "Leituga"......?
Está no texto señor Gelmirez :
"
Os muçulmanos, para continuarem a trabalhar as hortas existentes nos limites da cidade, eram obrigados a pagar um imposto denominado "salaio", de onde provém o termo "saloio" que acabou por designar os que habitavam os limites geográficos da cidade.
"
Pode ter uma utilização irónica, mas nunca insultuosa.
Estimado Señor Lugano: los españoles, a nuestro pesar, somos más crueles, más guerracivilistas y más cainitas.
As verdades são para serem ditas! Esta é uma dela e admiro que a tenha dito com essa frontalidade. Doa a quem doer, essa é a realidade. É preciso abrir os olhinhos e acordar de vez para sairmos deste marasmo colonialista que nos é imposto desde há séculos.
Preservemos a nossa identidade. E não tenhamos vergonha dela.
Quasi toda a gente em Lisboa sabe dizer que o Minho é encantador, mas quando se fala do Algarve teem um rir sarcástico........
Isso de "Allis Ubo" não passa de uma mera lenda - hipótese, devido à semelhança da pronunciação.
A prova mais substancial está na Orla Maritima de Avieno (O mais antigo testemunho) que vai buscar a sua descrição a um relato maritimo de cerca de 500-600 a. C.
A terminação céltica ou turdula "Ipo" ou "po" designa lugar (eventualmente também cidade ou Porto).
Nos Relatos mais antigos o Rio Tagus (nome moderno) é designado por Lisis ou Lucis(denominando também o povo da região) Será naturalmente O-Lisis-po. A Cidade da foz do grande Rio.
Os Árabes só na lingua ocuparam a Peninsula. Fora raras excepções como uma Elite Real iemanita em Silves, e raros generais ou Principes Sirios e Iraquianos, a maioria ivasora era Berbere, que na origem estva etnicamente ligada aos iberos e hoje muito mais distanciada.
Vários Linguistas têm mostrado, através de Cantigas de Amigo maçárabes, que a influência que alterou o Galego-Português a sul (e na Andaluzia o Castelhano) foi a influência do Romance Latino Moçarábico, ou seja, dos Povos Celtibéricos Originários da própria península e ocupados (Cristãos ou convertidos ao islamismo) - que se mantiveram sob chefia muçulmana ocupante, e menos da lingua árabe.
Enviar um comentário