A defesa intransigente de cada Nação!
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Um texto redigido por Jean Monnet, intitulado "Declaração Schuman" e enunciado a 9 de Maio de 1950 por Robert Schuman, ministro do governo francês correspondeu, simbólicamente, às pancadas de Molière : o processo de destruição da Europa entrava em cena !
E… com a delicadeza de um "pas-de-deux" acompanhado ao trombone…
O objectivo era claro : transformar a Europa num negócio e os países em mercados onde o cidadão normalizado pela moda aceitaria a obscenidade como ética e o espelho deformante como estética.
Presentemente, a oligarquia política e financeira instala as estruturas de uma Europa devoradora das Nações que a constituem, construindo um espaço económico isento de cultura tradicional e, consequentemente, inibidor de afirmações nacionalistas.
Uma Europa de populações, que não de povos, convertidas em massa amorfa de consumidores !
O amálgama de nações em países, iniciado há séculos por nobrezas de auto-nomeação, impostas pelo sabre e pelo hissope, preverteu a realidade cultural de uma Europa que, depois de massacrada por uma religiosidade alógena, retalhada e remendada ao sabor de impérios, monarquias e repúblicas, invadida, bombardeada e ocupada por forâneos que lhe ditaram a norma política em que deveria sobreviver, não perdeu as profundas raizes de um conjunto de povos que não foram eleitos por nada nem por ninguém, senão por si mesmo !
Desvirtuando o mais profundo sentido da vida, que é a compreensão de si mesma, do micro-cosmos que encerra e do macro-cosmos que a engloba, transformou-se a comunidade em sociedade, a justiça leis interpretadas e o objectivo da vivência em ideal crematístico.
Vitimas de um centralismo estatal que faria corar de desejo o próprio Luis XIV, um humilde rei-Sol perante os actuais soberanos da democracia, os povos europeus sustentam uma oligarquia parasitária, uma casta de mediocres funcionários inamovíveis perante um salário empolado e absurdo, absolutamente desproporcionado à contribuição que dedicam à comunidade.
Manipulados, permanecem imersos na aceitação de que o ressentimento (maquilhado de compaixão) pelas desgraças alheias, é algo de iluminação humanistica, de metafísico e quase transcendente, convertendo-os em servos de um desprezo de si mesmos, até agora inédito.
Cada pais europeu está submetido a um concluio de bigorrilhas mascarados de "comissários" que lá de onde se encontram ditam às ineptas oligarquias locais as linhas com que se cozem… com que nos cozemos todos !
Invadem-nos com populações alógenas de quem temos de suportar, incluir e enaltecer, costumes, modas e vicios, estando terminamente proibida qualquer manifestação de desagrado, ou sequer de crítica.
Para melhor miscigenar étnica e culturalmente essas populações com os povos europeus, conscientes de que é a "nação", e não o país, o verdadeiro guardião dos valores culturais europeus, o "politicamente correcto" vai relançar agora o que considera a fase definitiva : a regionalização.
Não a regionalização cultural que sempre defendemos, porque defensora dos valores europeus, mas uma regionalização administrativa e financeira que pretenderá separar os povos que constituem, ainda, o âmago das cripto-nações artificialmente envoltas num manto denominado país, ou pátria para os mais embevecidos.
Algumas tendências europeistas continuam (por ignorância, por credulidade ou por "interesse") em apostar na Europa "über alles", na Europa da Sibéria ao Atlántico, na Europa dos Países (a que denominam demagógicamente Nações), na Europa da Europa… enquanto o "politicamente correcto" continua a destruir a Europa "desde dentro" !
Temos denunciado, perante a incredulidade de muitos e o desprezo de alguns (também a compreensão de poucos) que devemos olhar a História como um novelo constituido por vários fios que nos conduzem, por vezes sincrónicamente, através de acontecimentos que a "verdade oficial" nos apresenta "sempre" de forma diacrónica.
Arriscamos perder o que nos identifica à Europa, arrancam a Yggdrasil pela raiz, enquanto alguns nacionalistas estruturam, crédulamente, esquemas europeus, colocando "o carro à frente dos bois", ornamentando um projecto europeu para uma Europa que, progressivamente, se vai esvaziando de conteúdo.
A preocupação pelo renascimento das nações é uma realidade em países como a Bélgica, a Itália ou a Espanha, enquanto por cá continuamos absortos perante discursos europeistas de alguns que disso fazem profissão.
Traduzem-se (o que é um meritório trabalho) textos de alemães, franceses, belgas… esquecendo que, como nos diz o relativismo linguístico, "Cada lingua é um vasto sistema de estruturas, diferente em cada uma delas…" (Whorf).
Que os ensinamentos, as experiências vividas por outros, nos sirvam de aprendizagem, mas desenvolvendo nós mesmo os nossos textos, transcrevendo a nossa realidade, procurando soluções próprias, eventualmente inéditas.
7 comentários:
Nação =
povo + cultura + território
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Portugal
cinco nações -> um país
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até que enfim na blogosfera alguém rompe com o dogma.
Apoio a sua iniciativa.
No entanto, por experiência, julgo que o povo desta nação está demasiado adormecido para compreender.
Felicidades para todos nós!
Excelente comentário camarada Galaico.
Realmente é triste que se assista à destruição das verdadeiras nações europeias e se aposte nessa Europa miscigenada da Sibéria ao Atlântico, nesse "White Power" ridiculo que o nacionalismo Portugues tanto defende.
E é como diz, infelizmente a maioria dos países europeus não correspondem a nações, foram retalhados e remendados ao sabor dos impérios. É o caso de Portugal (Calécia, Lusitânia, Algarve), Espanha (Galiza, Catalunha, Pais Basco, Andaluzia), França (Normandia, Bretanha, Occitania, etc), Belgica (Flandres, Valónia), Itália (Palónia e Itália Sul) e muitos outros casos.
Nalguns o movimento de independência é forte, noutros é fraco e infelizmente não conta com a maioria da população.
Flandres neste momento é a que se encontra mais avançada. Os Povos Germânicos sempre foram exemplares em conseguir revoluções logo não é de estranhar que sejam dos poucos que mais têm lutado e estão mais próximos de conseguir a independencia.
"A preocupação pelo renascimento das nações é uma realidade em países como a Bélgica, a Itália ou a Espanha, enquanto por cá continuamos absortos perante discursos europeistas de alguns que disso fazem profissão."
Completamente de acordo. Em Portugal o nacionalismo nao esta virado para as nações mas para a Europa. É um nacionalismo ridiculo que quase so fala de Europa. Dá-me a impressão que esses nacionalistas não gostam da sua nação ou do seu país e querem misturar-se à força toda com o resto da Europa e querem ser controlados por eles.
Talvez seja pela maioria de Portugal (a partir do sul do mondego) ser uma grande mistura de varios povos europeus com mouros. Daí não terem o conceito de nação e virarem-se e fantasiarem com o nacionalismo europeu, com a europa "nação" enquanto os outros povos europeus querem é defender a sua nação, o seu povo e não entram nestes delirios White Power europeistas.
Só um reparo.
O titulo diz "As nações que somos" e depois apresenta um mapa com 5 divisões. Dá a ideia que Portugal tem 5 nações.
Portugal não tem 5 nações mas 3 ou 4 no máximo e nesse mapa ainda por cima misturam o Norte Mondego Portucalense com o Sul Mondego Lusitano.
Se considerarmos 3 nações temos:
- Calécia Portucalense ou Portucale (até ao Mondego)
- Lusitânia (do Mondego ao Al-Gharb)
- Al-Gharb
Se considerarmos 4 temos:
- Calécia (até ao Douro)
- Calécia Portucalense (do Douro ao Mondego)
- Lusitânia (do Sul do Mondego até Al-Gharb)
- Al-Gharb
Você é uma lufada de ar fresco no nacionalismo. Primeiro defende o nacionalismo nação, defende portanto o Norte Galaico e é contra os países artificiais que nos foram impostos. Depois não entra nessas palhaçadas de nacionalismos White Power da Sibéria ao Atlântico (Não é que seja contra a Europa, de maneira nenhuma, mas é ridicula a atitude do nacionalismo Português que só pensa nesse tipo de nacionalismo europa-nação)
Enfim, finalmente mais um nacionalista identitário de verdade que não se deixa influenciar pelo ridiculo nacionalismo Portugues.
Boa sorte com o blog e brinde-nos com vários textos sobre a nossa nação Galécia.
Saudações Galaicas
O texto está muito bom.
Finalmente vejo alguem a ridicularizar o patético discurso europeista que se fala a toda a hora no nacionalismo português. Pelo que vejo, parece que todos os nacionalistas Galaicos estão de acordo nesse ponto. Ainda Bem!
É bom ver que os poucos nacionalistas Galaicos que ha, são nacionalistas de verdade sem os vicios dos maus nacionalismos.
Concordo com o Bruno quando diz que o titulo do texto não combina com o mapa e da a entender que temos 5 nações quando não é o caso. Pelo menos deveria tar um mapa ao lado com a separação do Alto e Baixo Mondego http://img410.imageshack.us/img410/4300/portugalnortesr4.gif
Concordo que o mapa não está "conforme"...
Á falta de melhor "boneco" utilizei (talvez) o mais próximo.
As minhas sinceras desculpas !
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Agradeço os vossos comentários sobre o texto.
Ficaria grato se me proporcionassem um "ponto" de contacto.
Se não o quizerem tornar público podem utilizar o "e:mail" deste blogue :
gallaeciaeuropa@hotmail.com
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Grato !
Cordiais Saudações
Ficaria grato se me proporcionassem um "ponto" de contacto.
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Refiro-me a "Bruno", pois do "galish" já tenho os seus blogues.
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Grato
O Norte de Portugal é o berço desta grande nação Portugal - temos orgulho de nos correr nas veias sangue suevo, visigodo, lusitano - Galaecia é Portugal
Saudações
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