ou a fossa cultural
O sr. Antonio Gramsci apercebeu-se, nos anos 20 do século passado, que estava passada a época das revoluções de rua.
Os teóricos do marxismo, principalmente os fazedores da "Teoria Critica", uma definição eufemística para o "cultural marxism" ou "political correctness", compreenderam e assimilaram a mensagem.
Infiltrando-se no ensino, na informação, no cinema, no teatro e na literatura, gradualmente foram subvertendo a "ideología cultural" nascida e desenvolvida na Europa.
Com todos os meios financeiros ao seu dispor, foram gradualmente pervertendo, submergindo a cultura europeia num "caldo" de puro nihilismo anti-estético.
A pós-moderna cultura europeia, seja na arquitectura, na pintura, na escultura ou em qualquer outra expressão artística, não é mais que um arremedo de cacafonia mental objectivamente direccionada à destruição dos valores éticos e estéticos que configuram o nosso conceito de arte.
Através das escolas e dos meios de informação desvirtuaram uma realidade cultural, e transmutaram-na numa moda que os ingénuos e os ignorantes seguem por instinto mimético.
Que relação pode haver entre as expressões de arte grega, romana ou renascentista (entre elas esteticamente concordantes) e as inqualificáveis pasmaceiras a que designam de "arte-contemporânea" ?
Intitular de "museu" um armazém de arrumos de objectos informes, alheios a qualquer taxinomia em que impere um minimo de bom senso, é um insulto à inteligência.
Colocaram as "coisas" em Lisboa ? Pois, felizmente para outras cidades que não têm de suportar semelhante desvairo.
E isto num país em que muitos portugueses não sabem o que é água corrente em casa… num país em que as mães dão à luz nas ambulâncias porque fecharam maternidades… onde crianças têm que percorrer quilómetros diariamente porque fecharam escolas…
Mas o sr Berardo, que o sistema politico autorizou a ser multi-milionário, aplica milhões em necedades (outras se avizinham) no mais profundo desprezo pelas necessidades primárias de tanta gente…
Que no Porto existe um "museu" de coisas parecidas, um "cubo-ortorômbico", e um "pátio das mesquitas" onde floresciam flores… tudo isso é profundamente lamentável.
O que não impede os basbaques, que só pensam alguns segundos por mês (porque a televisão pensa por eles), irem a esses locais fazer fotos para mostrar como são "evoluidos"…
Dizia Barnum que o mercado para a estupidez é gigantesco, pois o número de clientes é potencialmente ilimitado ; mercado esse que permanece equilibrado porque sempre existe uma oferta abundante disponível.
Mais grandioso que a estupidez humana, talvez somente a demagogia de quem detém o poder politico (e que tão pouco é isento da dita).